Um tinto muito quente aparenta ser muito alcoólico em razão da volatilidade deste elemento. Se servido muito gelado, o aroma se fecha e os taninos se tornam muito agressivos, "amarrando" muito a boca. Tintos mais encorpados como os grandes Bordeauxs, Barolos, Barbarescos, bons alentejanos, Riojas e Cabernet Sauvignons tops do Chile, EUA e Austrália pedem uma temperatura mais alta, em torno de 18 a 20º C para mostrar todas as suas virtudes. A maioria dos tintos, principalmente os de consumo mais corrente, é beneficiada quando servida na faixa dos 16 a 18º C. Abaixo dessa temperatura, somente tintos levinhos e jovens como os Beaujolais comuns e alguns Pinot Noirs do novo mundo.
É claro que é desnecessário servir os vinhos comuns com precisão matemática de temperatura. O importante é obter prazer com a bebida e desfrutá-la em todo o seu potencial. Entretanto, se o excesso de zelo acaba prejudicando a simples apreciação do vinho é melhor deixar de lado os exageros. Na maior parte das vezes, os sentidos vão ficando naturalmente mais treinados, tornando-se mais fácil perceber se a temperatura está adequada ao degustarmos o vinho. Vinhos especiais merecem mais atenção e, para os puristas, existem uma variedade de termômetros à venda em importadoras e casas do gênero.
Colocar o vinho na geladeira (desde que não se trate de um vinho muito frágil) ou usar um balde com gelo são as soluções mais práticas. Normalmente, 60 min. na geladeira ou 8 min. no balde com gelo correspondem a uma redução de 5º C na temperatura do vinho.
http://www.belovinho.com.br/dica013.jsp
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