quarta-feira, 21 de maio de 2014

Suspeito de furtar carteira é espancado em Curitiba; vídeo

Suspeito de furtar carteira é espancado em Curitiba; vídeo
Fábio Campana

Do G1 PR:

Um usuário do transporte coletivo de Curitiba registrou um grupo de pessoas agredindo um homem suspeito de roubar a carteira de outra passageira no terminal de ônibus do Boqueirão. As imagens mostram o homem caído no chão, rodeado de pelo menos seis pessoas, que tentam recuperar a carteira furtada. Mesmo após a carteira ser localizada, ele continua sendo agredido até que um rapaz intervém.

O registro da situação, que ocorreu no domingo (18), foi feito por um internauta do G1, cujo nome foi mantido em sigilo para sua segurança. Ele conta que tudo começou quando o suspeito de roubar a carteira entrou em um ônibus que estava parado no terminal, mas foi denunciado pela vítima. "Os outros passageiros então se mobilizaram e falaram para ele devolver. Ele disse que não tinha roubado. O pessoal se alterou e começou a bater nele, e então o motorista pediu para que eles se retirassem do ônibus – arrancaram ele a porradas e chutes", afirmou.

Já fora do veículo, a agressão continuou, e o homem teve parte das roupas arrancadas. Quando o grupo encontra a carteira, ainda acerta três chutes no rosto do homem antes de ser contido por um dos rapazes que tentava forçar a devolução do objeto. "Ele então ficou alguns minutos desacordado, e os guardas do terminal não fizeram nada. Ficaram em volta olhando e não ajudaram a levantar", lembrou o internauta.

De acordo com ele, minutos depois o homem se levantou e tentou entrar em um dos ônibus, mas foi impedido pela cobradora do veículo. "Ele estava sujo de fezes e urina, porque tinham chutado muito o estômago dele, então a cobradora pediu que os guardas o impedissem de entrar – mas eles disseram que não poderiam impedi-lo", disse. Ainda conforme o internauta, o homem desceu alguns pontos depois, bastante machucado.

"Me senti desconfortável, porque acho que o certo seria tirar do ônibus, devolver o que era da mulher, e deixar a polícia resolver. Os guardas tinham que ter intervindo" questionou. "Agora virou moda, todo mundo quer resolver os problemas com as próprias mãos, não está certo", concluiu.

O G1 entrou em contato com a Guarda Municipal (GM) de Curitiba, que informou que, como não há módulo da GM no Terminal do Boqueirão, o trabalho é executado por uma empresa de segurança privada. Segundo o diretor da GM, inspetor Cláudio Frederico de Carvalho, a guarda não foi acionada para atender esta ocorrência.

"Diante de uma situação como essa, a primeira ação deve ser ligar para o 153, da GM, que a viatura mais próxima vai até o local constatar o fato. Nós orientamos que se evite o tumulto, e que, no máximo, se contenha o suspeito. O ideal é sempre acionar as autoridades", afirmou o diretor.

O homem que foi espancado não foi localizado pelo G1.



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