Nunca fiquei uma semana sem postar. Olhei agora o último post datado de 25 de dezembro e me surpreendi. Mas talvez não devesse, porque é a reta final de um ano que foi mesmo diferente de tudo. Não ouso reclamar de nada, porque não tenho motivos. Mas foi um ano difícil de entender, como aquelas matérias de escola que a gente não compreender,mas copia e decora pra passar de ano. Hoje, vamos todos passar de ano assim.
Viajei muito, foi uma benção. Sempre foi um sonho da minha vida poder viajar. Agradeço tanto por essas oportunidades, um verdadeiro tesouro pra mim.
Parte das viagens foi por causa de trabalho, mas outras foram pra ver minha filha Anita, que passou um ano em Israel. Faltam 7 dias para ela voltar. Imagine a alegria com que vamos recebê-la nesse começo de 2014, o ano que trouxe nossa filha de volta, madura e mudada. Ainda mais linda, humana e amada.
O trabalho também foi diferente. Uma mistura de altos e baixos, de conquistas e perdas, de presenças e ausências, mas todas conscientes e vividas. Até os problemas foram importantes porque não foram contornados, mas atravessados. Por várias vezes me senti honrada, recebendo aquele reconhecimento pelo qual se espera a vida inteira. Ser jurada do Prêmio Jabuti pela primeira vez, em 3 categorias, despedir-me dos 5 anos como jurada do Prêmio The Bobs da Deutsche Welle, que me levava todo ano para Berlin, ser convidada para uma palestra de uma agência das Nações Unidas em Estoril, ter feito parte do sucesso do Vai Que Cola, as incontáveis semanas ao lado do Heródoto Barbeiro no Jornal da Record News, a amizade e o clima de brincadeira das manhãs no Hoje em Dia com Cris, Zuca, Edu, ao lado de Fábio, Miguel e Lelê, as conversas estratosféricas e criativas com Guerreiro.
Fiz muitos cursos online, li bastante, assisti Breaking Bad.
Há tanto para lembrar e agradecer, mas um dos momentos mais marcantes foi certamente reencontrar minha amiga Virginia, em Veneza, depois de 40 anos, que me mostrou que a vida é uma longa história, cujo roteiro só termina quando paramos de respirar. Enquanto há vida, há mudança.
De tudo porém, dos momentos com a família e os amigos, das coisas que aprendi e vivi, a mais importante aconteceu num plano mágico, fora do cotidiano que postamos no Instagram ou descrevemos em posts.
Foi numa fonte.
No centro da cidade medieval e murada de San Geminiano, joguei todas as moedas que tinha e fiz um desejo. Não para mim, mas para nossos filhos. Pedi que o universo desse a cada um a oportunidade de encontrar um amor.Porque o amor é o que realmente justifica nossa passagem por aqui. Desejei mais vida para minha mãe, porque estar saudável aos 81 é amor também.
E, pouco tempo depois, todos os desejos se realizaram. Todos estão em estado de amor, acasalados, felizes e atravessarão o ano, cada um em um lugar, com o coração pulsante de paixão.
Agora, falta só desejar, à meia-noite, que o amor aconteça para todos nesse mundo.
Feliz ano novo.
Obrigada por 2013.
Se aprendemos e vivemos tanto neste ano de manifestações, imagina na Copa.
O post 2013, o ano que não entendemos nada apareceu primeiro em Rosana Hermann.
Original Article: http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/2013-o-ano-que-nao-entendemos-nada/2013/12/31/
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